terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Harpa de Apollo


A brisa gélida invade a janela
E a cada segundo que imagino seus olhos fechados
tenho a impressão de que planetas se formam
apenas ao som de seu respirar

Essa noite é toda sua, eu a fiz sua
e eu gostaria de fazer isso todos os dias
A Lua é fraca e dependente,
então ilumine o quarto como você iluminou minh'alma

Se minha voz estiver parando
se minhas pálpebras estiverem fechando
é porque eu quero que essa sensação
seja a última sensação da minha vida.

Eu sei que as coisas vão desmoronar
constantemente sobre nossas cabeças e espíritos.
Então eu preciso morrer, ao seu lado, agora
com apenas o seu nome para ser dito dentre as estrelas.

Porque você sabe que a morte não é o fim de tudo
e você sabe que almas vagam juntas
em direção aos sóis, galáxias e nebulosas
ao som belo e harmonioso do silêncio do universo.

E eu poderia esperar o tempo, aproximar o final
mas o tempo não vai curar, não
o tempo não vai curar.

Seus olhos fazem o que morreu em mim
inexplicavelmente revitalizar.

2 comentários:

Anonymous disse...

Meu que foda ! muito bom. Parabéns.

Anonymous disse...

Seus textos são maravilhosos!