terça-feira, 13 de março de 2012

Amor-De-Contrato


Desapareça e remova sua sombra da sala-de-estar
Leve suas roupas, seus pertences. Leve teu sentimento
Desintegre o laço da paixão. Não fomos feitos para ser um par
O romântico ao contrário é um assassino que salva o amor do momento

Dentre palavras tão banais existem asas de encontro
a um inverno isolado numa mera tarde de outono
Já que o gole de vinho  não celebra a chegada do Domingo
deixe a segunda-feira de sua alma lhe revelar o que estás sentindo:
Pequenas rodas, portas abertas, o vento forte na janela
quadros e folhas em cinza e preto procurando restos de aquarela
Mas os pincéis já foram embora, a vontade já morreu
Do que um dia já foi o meu orgulhoso, encantador e sensível eu

Deixe o teu interesse para dentro de casa; e não se esqueça
da voz que um dia te acalmou nas suas noites de tristeza
Do constante ar soprado ao seu pescoço que te acalmava
dos sonhos ganhos pela promessa daquele que “amava”
Estamos nos dividindo, como o rio, como o mar
pois fingimos que existiu um motivo para chamar isto de lar

Estamos nos dividindo, mas estamos fugindo juntos
da mentira que criamos para satisfazer um sonho injusto