segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Vigilante

Não trago mentiras, não trago deuses
por tão singelos que se possam passar
não tenho estrelas, não tenho véus
nem sequer um manto para te esquentar

Por ventura eu tivesse, de forma ingénua, como lhe provar
que o que vês como néscio são só suas ondas do mar
seria indolor transceder nossas almas
juntas, a uma viagem sem sina ou lugar

A realidade o assombra como nunca assombrou
but there's a place in my soul that you can call home
Se o universo limita as arestas da sua consciência
voltarei a ser o sonho a revitalizar sua essência

A luz sapiente que nosso reparo emite
prova que nossos sonhos não traçaram limite
Então para que viver por pessoas rasas?
Existe um mundo que nem a realidade guarda

Não lhe trago riquezas
que se possam guardar
Não comporto sua inteligência
mas adoro a admirar

Não tenho posse de seus olhos
pois sei o que vigio com os meus
e se um dia me perguntar o que vejo:
Não tirarei meus olhos dos teus.